segunda-feira, 23 de dezembro de 2013


Natal: meditação e Jesus Cristo



O advento é o período em que nos preparamos para a festa do Natal de Jesus, o maior acontecimento da história: “O Verbo se fez carne e habitou entre nós,” assumiu nossa humanidade, permanecendo na sua condição divina, pois Ele é o próprio Deus. 
Durante as quatro semanas de preparação do Natal, ou seja, o advento fomos convidados a vivenciar a fé na esperança, que é traduzida como fraternidade, ternura e paz. 
Para entendermos o Natal reportamo-nos ao advento que nos orienta nas reflexões dos evangelistas, que narram a espera gloriosa do Salvador. Sendo assim, façamos uma retrospectiva da simbologia das quatro velas as quais fazem parte das celebrações que antecedem o Natal. 
No 1º domingo do advento – acende-se a 1ª vela. A luz nascente nos conclama a refletir e aprofundar a proximidade do Natal. 
No 2º domingo do advento - acende-se a  segunda vela, que nos convida ao desejo de conversão, arrependimento dos nossos pecados e também o compromisso de prepararmos, assim como São João Batista, o caminho do Senhor que virá.  Essa vela lembra ainda a fé dos patriarcas e de São João Batista, que anuncia a salvação para todos os povos.
Já no 3º domingo do advento - acende-se a  terceira vela, a qual nos convida à alegria e ao júbilo pela aproximação da chegada de Jesus.  Indica justamente o domingo da alegria, quando transborda nosso coração pela proximidade da chegada do Senhor. Meditamos ainda, as ações do Rei Davi, que unificou o povo judeu, como Cristo unificou o mundo todo sob seu comando. Cristo é Rei e veio para reinar, mas o seu Reino não é deste mundo,  não se confunde com o “Reino do homem”. Seu Reino começa neste mundo, mas se perpetua na eternidade.
Enfim, o 4º domingo do advento - acende-se a  quarta vela. Essa vela marca os passos de preparação para acolher o Salvador,  nossa expectativa da chegada definitiva da Luz ao mundo. Simboliza ainda nossa fé em Jesus Cristo, que ilumina todo homem que vem a este mundo e  também os ensinamentos dos profetas, os quais anunciaram a chegada do Salvador. A manifestação do plano salvífico que Deus preparou e realizou por amor aos homens tem uma história e tem os seus sinais reveladores apontados pelos profetas que falam do Emmanuel, o Deus conosco, filho de uma virgem – Nossa Senhora.
Sendo assim, a origem do Natal, quer dizer que o seu verdadeiro significado começou cerca de 2000 anos em uma manjedoura em Belém. A história do Natal é simples – Jesus quer nascer em cada coração hoje! No meio de tantas atividades e compras nesse Natal, vamos parar e refletir no maior presente de todos. Abra o seu coração ao Messias que nasceu em uma manjedoura em humildade, morreu em uma cruz de amor e ressuscitou do túmulo à glória. Aceite o presente de Jesus Cristo nesse Natal – o presente mais glorioso de toda a história!
Pensando no Reino, o qual Jesus veio anunciar, o que devemos fazer nesse Natal para a construção desse Reino?  No Evangelho segundo São Lucas 3, encontramos a resposta de Jesus para as nossas ações: “Quem tem duas túnicas reparta com quem não tem nenhuma,” e “quem tem mantimentos faça o mesmo” “Nada exijais além do que vos foi estabelecido.” “Não exerçais violência sobre ninguém, não denuncieis injustamente e contentai-vos com o vosso soldo.” 
Neste Natal devemos refletir sobre os nossos limites, o nosso egoísmo e comodismo. Devemos realizar uma verdadeira transformação da nossa vida no sentido de Deus. Pois o evangelho nos ensina que o essencial é aprender a partilhar, quebrar os esquemas de exploração e de imoralidade e proceder com justiça. Devemos renunciar à violência e à prepotência e respeitar absolutamente a dignidade dos nossos irmãos. 
Daí o convite à reflexão: Deus está no meio de nós, ama-nos e, apesar de tudo, insiste em fazer caminho conosco e marcar a vida de todos os que querem acolher o Senhor com alegria, bondade, oração e, sobretudo, a paz. 
Que a alegria do Natal esteja em nossos lares, em nossas famílias, em nosso trabalho, enfim, em nossa vida, para realizarmos o que Jesus propôs a humanidade, pois ele é o próprio amor que nasce em nossos corações pela fé, pela perseverança e pelo amor.

DIÁRIO DA MANHÃ
CÉLIA VALADÃO

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