Viver a misericórdia no lar
O cume da misericórdia
Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso! (Lc 6,36)
O cume da misericórdia, como ensina Cristo, é o perdão.
Mas, na vida em família, o perdão muitas vezes é o cúmulo da dificuldade. Como custa perdoar no lar! E, no entanto, é muito mais daninho para a harmonia familiar guardar rancores, curtir ressentimentos e andar com revides, do que explodir momentaneamente, dando vazão à ira, e ao grito.
Há pessoas que parecem ter no coração um computador com capacidade de muitos gigas, em cuja memória se vão guardando todas as mágoas, perfeitamente contabilizadas: «Não se lembrou do meu aniversário», «Faz dez anos que não me traz flores nem bombons», «Ela passa o dia na casa da sua mãe, como se não tivesse marido e filhos», «Ele não quis ir ao casamento do meu sobrinho, sabendo que magoava toda a minha família»...
Basta qualquer faísca que provoque uma irritação, basta uma má interpretação, uma crítica, uma zombaria ou um protesto, para que a pessoa que se sente ofendida “clique” no seu computador invisível e apareça no vídeo o arquivo dos “agravos”, com uma lista interminável. Essa enxurrada de reminiscências negativas cai então como um raio sobre o outro, reacende a fogueira das acusações mútuas e aumenta o círculo vicioso dos rancores e das recriminações. Adeus à paz!
Como são importantes os pequenos perdões no lar! Esforcemo-nos, pelo menos, por calar-nos: não retruquemos, não firamos sensibilidades. Façamos um propósito espiritual altamente recomendável: «Nas discussões, lá em casa, eu faço questão de dizer a penúltima palavra». Quem se obstina em dizer a última, inevitavelmente atiça a chama da discussão
São Paulo sabia bem de que massa estamos feitos e, por isso, pensando no amor que gera a paz, dizia:
Suportai-vos uns aos outros e perdoai-vos mutuamente, se um tiver contra outro motivo de queixa. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai também vós (Ef 3, 13).
I.P.
Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso! (Lc 6,36)
O cume da misericórdia, como ensina Cristo, é o perdão.
Mas, na vida em família, o perdão muitas vezes é o cúmulo da dificuldade. Como custa perdoar no lar! E, no entanto, é muito mais daninho para a harmonia familiar guardar rancores, curtir ressentimentos e andar com revides, do que explodir momentaneamente, dando vazão à ira, e ao grito.
Há pessoas que parecem ter no coração um computador com capacidade de muitos gigas, em cuja memória se vão guardando todas as mágoas, perfeitamente contabilizadas: «Não se lembrou do meu aniversário», «Faz dez anos que não me traz flores nem bombons», «Ela passa o dia na casa da sua mãe, como se não tivesse marido e filhos», «Ele não quis ir ao casamento do meu sobrinho, sabendo que magoava toda a minha família»...
Basta qualquer faísca que provoque uma irritação, basta uma má interpretação, uma crítica, uma zombaria ou um protesto, para que a pessoa que se sente ofendida “clique” no seu computador invisível e apareça no vídeo o arquivo dos “agravos”, com uma lista interminável. Essa enxurrada de reminiscências negativas cai então como um raio sobre o outro, reacende a fogueira das acusações mútuas e aumenta o círculo vicioso dos rancores e das recriminações. Adeus à paz!
Como são importantes os pequenos perdões no lar! Esforcemo-nos, pelo menos, por calar-nos: não retruquemos, não firamos sensibilidades. Façamos um propósito espiritual altamente recomendável: «Nas discussões, lá em casa, eu faço questão de dizer a penúltima palavra». Quem se obstina em dizer a última, inevitavelmente atiça a chama da discussão
São Paulo sabia bem de que massa estamos feitos e, por isso, pensando no amor que gera a paz, dizia:
Suportai-vos uns aos outros e perdoai-vos mutuamente, se um tiver contra outro motivo de queixa. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai também vós (Ef 3, 13).
I.P.
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